Um em cada quatro mortos nas rodovias federais do RS em 2025 não usava cinto de segurança, diz PRF
05/07/2025
(Foto: Reprodução) Dados divulgados na sexta-feira (4) mostram o balanço do primeiro semestre de 2025. Entre janeiro e junho, 142 morreram. Cai número de acidentes graves e de mortes em rodovias federais gaúchas
Dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram uma redução significativa nos acidentes com mortes, mas acendem um alerta: quase 25% das pessoas que morreram em acidentes estavam sem cinto de segurança. As informações divulgadas na sexta-feira (4) mostram o balanço do primeiro semestre de 2025 nas rodovias federais do estado.
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Entre janeiro e junho deste ano, 142 pessoas perderam a vida nas rodovias federais gaúchas, frente às 174 registradas no mesmo período do ano passado: uma queda de mais de 20%. Apesar da melhora, a PRF chama atenção para o que poderia ter sido evitado: ao menos 1 em cada 4 vítimas não usava o cinto no momento do acidente.
"A gente tem um aumento nas causas que a gente considera como mais evitáveis, que seriam o consumo de álcool, as passagens em locais proibidos e também a questão dos óbitos em que as pessoas não estavam usando o cinto de segurança. No banco de trás, é muito mais frequente que as pessoas não utilizem", diz Rafael Pinto Pereira, Chefe do Núcleo de Segurança Viária da PRF.
As rodovias BR-116 e BR-290 concentraram os maiores números de acidentes graves. Entre os tipos de acidentes mais comuns, estão as colisões frontais e transversais, sendo ambas frequentemente associadas a condutas de risco e a fatalidades.
"A maioria dos acidentes graves acontecem com pista seca, sol e retas", revela Pereira.
No total, o número de acidentes graves caiu de 563 para 542 na comparação com o primeiro semestre de 2024. Já os acidentes com mortes diminuíram de 147 para 119.
Drogas
Se por um lado os indicadores com acidentes apresentam tendência de queda, por outro, o combate ao crime, especialmente ao tráfico de drogas, registrou uma escalada. Mais de 10 toneladas de entorpecentes foram apreendidas pela PRF no RS nos seis primeiros meses do ano. Confira:
Cocaína: 920 kg (aumento de 35% em relação ao ano passado);
Crack: 264 kg (quase o triplo dos 89 kg anteriores);
Skunk: 434 kg (um salto frente aos 48 kg de 2024);
Ecstasy: 3.525 unidades (contra apenas 58 no primeiro semestre do ano passado);
Maconha: 8,6 toneladas.
De acordo com a PRF, apenas a quantidade de cocaína apreendida seria suficiente para produzir mais de 920 mil porções da droga.
BR-116, no RS
Renan Mattos/ Agencia RBS
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