Lula lamenta mortes causadas por atirador no RS e critica distribuição 'indiscriminada' de armas
23/10/2024
Homem de 45 anos matou pai, um irmão e um policial militar em Novo Hamburgo, região metropolitana de Porto Alegre. Outras nove pessoas ficaram feridas no tiroteio. Como ficaram casas após confronto entre policiais e homem que manteve família em cárcere em Novo Hamburgo
Carolina Aguaidas/RBS TV
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou "solidariedade" aos familiares das vítimas de um atirador que matou três pessoas e feriu outras nove em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Em postagem nas redes sociais, Lula lamentou o episódio e criticou o que chamou de "distribuição indiscriminada de armamentos" no país.
O atirador, que matou o pai e um irmão, além de um policial militar, possuía armas registradas em seu nome, segundo a publicação do presidente da República.
"Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável. Estendo minha solidariedade aos familiares das vítimas, incluindo a do policial militar Everton Kirsch Júnior, e a toda a comunidade afetada", afirmou Lula em uma rede social.
As mortes ocorrem em Novo Hamburgo (RS). Um homem de 45 anos manteve a própria família em cárcere privado, antes de cometer os homicídios.
A polícia entrou no imóvel na manhã desta quarta-feira, após nove horas de cerco ao local e tentativas de negociação com atirador, que foi encontrado morto. De acordo com a Brigada Militar (BM), o homem estava com quatro armas.
Além do pai e do irmão do criminoso, estavam no local a mãe e a cunhada dele. Todos foram atingidos pelos disparos após a chegada dos policiais e levados para o hospital.
Homem mata pai, irmão e policial em Novo Hamburgo (RS)
Críticas à flexibilização do acesso a armas
Lula, desde a campanha eleitoral de 2022, critica a política do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) que facilitou o acesso da população à armas e munições.
O presidente publicou um decreto em 2023 que, entre outros pontos, reduziu a quantidade de armas e munições que podem ser acessadas por civis para defesa pessoal.
A medida foi criticada por parte da oposição no Congresso e por associações que representam os CACs (Caçadores Atiradores e Colecionadores).